terça-feira, 26 de agosto de 2008

À Televisão


À televisão
Teu boletim metereológico
me diz aqui e agora
se chove ou se faz sol.
Para que ir lá fora?

A comida suculenta
que pões à minha frente
como-a toda com os olhos.
Aposentei os dentes.

Nos dramalhões que encenas
há tamanho poder
de vida que eu próprio
nem me canso em viver.

Guerra, sexo, esporte
- me dás tudo, tudo.
Vou pregar minha porta:
já não preciso do mundo.

PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas.
São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 71

São Paulo, 26 de agosto de 2008.

Caro José Paulo Paes,

Meu nome é Wellington, tenho 29 anos, com corpinho de 28 e cabeça de 30. Eu moro e trabalho em São Paulo, sou professor e viajante tranqüilo entre a loucura e a normalidade.
Eu gostei do seu poema, ele expressa um desejo forte que cai sobre a gente. Cá pra nós, é mais fácil preferir ver e sonhar com a tv porque a nossa vida não é muito legal. A comida na tv é suculenta, em casa nem sempre, os dramalhões têm final feliz, enquanto na vida real a felicidade tá “em falta”. A televisão é um mundo bem perto e bem distante, não tem cheiro, mas podemos ouvi-lo, não tocamos, mas podemos senti-lo.
Minha relação com a tv é de amor e ódio como pode ver. Passo horas com ela, me lembro exatamente do dia quando minha família comprou o primeiro aparelho de imagem colorida. Filmes, esportes, documentários, programas de entrevista... Tenho mais dessas coisas na tv paga, infelizmente.
Já falei demais, chega! Vou embora, por favor, responda de alguma forma onde quer que esteja.

Respeitosamente,

Wellington – Poeta de Gaveta

Esta atividade foi feita em sala de aula com alunos de uma sexta série. Os alunos me pediram para fazer uma carta também, então eu fiz, seguindo as instruções.

Primeiro parágrafo: Apresentação
Segundo parágrafo: impressões sobre o poema.
Terceiro: falar sobre a relação pessoal com a tv.

Mais detalhes, só perguntar.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chico Science & Nação Zumbi - Afrociberdelia


Chico Science & Nação Zumbi - Afrociberdelia - 1995

01. Mateus Enter
02. O Cidadão do Mundo
03. Etnia
04. Quilombo Groove
05. Macô
06. Um Passeio no Mundo Livre
07. Samba do lado
08. Maracatu Atômico
09. O Encontro de Issac Assimov com Santos Dumond no céu
10. Corpo de Lama
11. Sobremesa
12.Manguetown
13. Um satélite na cabeça
14. Baião Ambiental
15. Sangue de Bairro
16. Enquanto o Mundo explode
17. Interlude Zumbi
18. Criança de Domingo
19. Amor de Muito
20. Samidarish
21. Maracatu Atômico (Atomic Version)
22. Maracatu Atômico (Ragga Mix Versio)
23. Maracatu Atômico (Trip Hop)


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sábado, 16 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos de Sempre


Tem país que nunca ganhou medalha nenhuma.
Somente as habituais, as pesadas medalhas da pobreza.
Outros fazem dos jogos olímpicos uma disputa política.
Quem é o melhor? Estados Unidos ou A União das Repúblicas Populares do Eixo do Mal?

A imprensa fica procurando heróis, gênios, “amarelões” e qualquer tipo estranho que dê audiência.
O comitê organizador mente, omite e gasta dinheiro.
No Eixo do Mal tem heróis também.
Até mesmo nos países emergentes. Somos todos iguais, embora no quadro de medalhas pareça que somos tão diferentes.

Pearl Jam - Yeld


Esse do Pearl Jam também é bom. Algumas músicas bem diferentes. "Do the evolution" foi uma grande idéia surgida nesse trabalho.

Pearl Jam - Yeld - 1998

01-Brain of j
02-Faithfull
03-No Way
04-Given To Fly
05-Wishlist
06-Pilate
07-Do The Evolution
08-Untitled (Red Dot)
09-MFC
10-Low Light
11-In Hiding
12-Push Me Pull Me
13-All Those Yesterdays

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Pobreza


“Só trazia a coragem e a cara 
Viajando num pau-de-arara 
Eu penei, mas aqui cheguei”

(Luiz Gonzaga – Pau de Arara)

Situação de milhões de brasileiros que vieram, e ainda vêm, do Nordeste para o Sudeste do Brasil.
A Pobreza caminha nessas terras, do norte ao sul, janta nas nossas casas e bebe nossa falta de honestidade.
Ela está na escola, dentro do aluno indisciplinado que fala palavrão, e, ao mesmo tempo, no professor desinteressado.
Nos postos de saúde, quando um médico não cumpre seu dever. Nas delegacias, nas ruas...
Até nos bancos, nas financeiras...É lá que ela mostra sua dupla personalidade. Milhões de reais de pobreza.

Wellington – (Poeta de Gaveta)

Luiz Gonzaga - O melhor de Luiz Gonzaga


"Vortei!" Novamente blogando. Mais uma vez, uma carreira longa com uma coletânea que tenta dar uma idéia de um trabalho muito importante para a música brasileira.

Luiz Gonzaga - O melhor de Luiz Gonzaga - 1996

01 Asa Branca (1949)
02 Baião (1949)
03 Cintura Fina (1950)
04 Qui nem jiló (1950)
05 Paraíba (1950)
06 A volta da asa branca (1950)
07 Pau de arara (1952)
08 O xote das meninas (1953)
09 Riacho do navio (1955)
10 Luar do sertão (1981)
11 Ovo de codorna (1971)
12 Forró no escuro (1957)
13 Danado de bom (1984)
14 Forró nº01 (1985)
15 Tá bom demais (1985)
16 Forró de cabo a rabo (1986)

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