Fim de ano, tempo de retrospectivas:
introspectivas ou não.
Época de alegria, tristeza, mais rotina e esperança.
Se a esperança é a última que morre,
uma das primeiras que vai embora é a certeza.
Somos tão impotentes diante da morte,
tão frágeis dentro da vida.
Um dia após o outro dia,
cabelos crescem, caem, são cortados, mudam de cor.
Pelos buracos do corpo passam muitas coisas.
E assim, defeituosos, deitados no sofá, roncando,
comendo, sem pensar em nada,
cruzando linhas imaginárias que separam o tempo.
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