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sábado, 19 de novembro de 2011

Poesia; Palmares... Zumbi.


Sempre negro,
filho do preconceito, sim!
Mas exijo respeito enfim.
Quero dignidade,
que meus filhos se orgulhem de mim.
Nas lembranças,
misturam-se dor e esperança,
fé na crença
sem grilhões e correntes,
e o povo negro que dança.
Liberdade pro negro enfim;
Poesia; Palmares... Zumbi.
O negro sonhou.
O negro lutou.
Liberdade... Liberdade.
Mas que homem é este?
Que diz que o negro é tão diferente.
Que diz, este negro não pode ser gente.
Por que minha cor, te ofende assim?
Sou negro sim!
Tenho orgulho sim!
Sou o grito forte de liberdade,
sou Palmares.
Sou Zumbi.


Sandro Colibri - 24/06/2008

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os Caminhos de Novembro

Novembro vai chegando ao fim.
Pois é, novembro: mês da consciência negra, mês de aniversário, mês de correria nas escolas, período que marcou mais uma derrota do São Paulo para o Corinthians... Novembro também é o mês que estabelece o cheiro do fim do ano.
Em novembro estive bem afastado do blog, muita correria e até problemas de saúde.
No dia da consciência negra nem comentei nada, nenhuma linha... Ao mesmo tempo, eu penso: "Até quando os negros brasileiros vão ter que ficar, de certa forma, explicando a importância deste dia?" Pensei em um monte de coisas, textos que representassem o orgulho negro e a crítica ao Brasil racista, mas permaneci inerte, e, por consequência, o blog parado!
Sobre o futebol, pensei que hoje os torcedores do São Paulo sentem-se como o povo judeu da época de Moisés, ou, de forma bem brasileira, como o povo negro trazido para o continente americano como escravos, isto é, nós nos sentimos humilhados! O pior disso tudo é a constatação de que isso não altera nada em nossas vidas (nós torcedores, tanto de quem ganha como de quem perde), é uma falsa sensação pessoal, boa ou ruim.
Por outro lado, na escola pública a patifaria continua, e isso sim interfere muito nas nossas vidas, só para dar um exemplo pequeno, em dezembro, o calendário escolar prevê aulas até dia 22/12, talvez por isso a importância da educação seja apenas aparente, afinal, são apenas aparências mesmo!
Os caminhos de novembro desembocam em dezembro, o mês que faz fronteira entre um ano e outro.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Zumbi dos Palmares - Dia da Consciência Negra

Sou o Zumbi dos Palmares

é o Zumbi dos Palmares.


Edson Gomes



Em 1655 nasce um negro pronto pra resistir
Enquanto escravo ele era Francisco
Mas se rebelou e se tornou Zumbi


Vibrações Rasta



Eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta
pro Quilombo dos Palmares


Raul Seixas



Eu vi Zumbi
ser preso, ser torturado,
violado e humilhado
por querer se libertar.

Antônio Nóbrega e Wilson Freire


Muitas vezes
Eu na pele senti
Temos um caminho a seguir
É Zumbi


Sensação e Mano Brown


Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição.


Rodolpho de Souza, Jonas Rodrigues e Luiz Carlos da Vila



É o Z Zumbi que Zumbizine Zumbado do Zumbizado

Z’África Brasil

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dia da Consciência Negra


Zumbi dos Palmares morreu aos 40 anos de idade. Depois de Ganga Zumba, foi o líder do Quilombo dos Palmares. Se destacou como guerreiro e comandante. O dia de sua morte, 20 de novembro, é o Dia da Consciência Negra porque simboliza que a escravidão nunca foi aceita passivamente pelos negros brasileiros.

Alguns perguntam: "E o Dia da Consciência Branca?"
Eu respondo: "Só se quiser pegar mais de 300 anos de escravidão também!"

Wellington - Poeta de Gaveta

domingo, 1 de junho de 2008

PRETO DE ALMA BRANCA


PRETO DE ALMA BRANCA
ALGUMAS CONCEITUAÇÕES

o preto de alma branca e o seu saco de capacho

o preto de alma branca
e os seus culhões de cachorro

o preto de alma branca
e a sua cor de camaleão

o preto de alma branca
e o seu sujar na entrada

o preto de alma branca
e o seu cagar na saída

o preto de alma branca
e o seu sangue de barata

cada vez mais distante
do corpo da Grande Mãe-África

Adão Ventura

domingo, 25 de maio de 2008

Solano Trindade


Solano Trindade viveu de 1908 até 1974, viu coisa pra caramba no século XX. Poeta brasileiro negro.

ABOLIÇÃO NÚMERO DOIS

Parem com estes batuques,
Bombos e caracaxás,
Parem com estes ritmos tristes e sensuais

Deixem que eu ouça
Que eu veja
Que eu sinta
O grito
A cor
E a forma
da minha libertação...


Solano Trindade, Poemas de uma vida simples.

domingo, 18 de maio de 2008

Inocentes - Estilhaços

Coloco esse Cd aqui porque gosto do som do Inocentes e também para dar um destaque para faixa número 2: "O homem negro". Tem uma letra que mostra muito bem a situação do negro brasileiro, de escravo até trabalhador remunerado, sua moradia, suas lutas.

INOCENTES - O HOMEM NEGRO

Eu sou o homem negro,
Vim pra cá acorrentado em navios negreiros
Como um animal, como um animal
Enfiei minhas mãos na terra pra plantar
Na Casa Grande o senhorzin eu fui servir
Como escravo me obrigaram a trabalhar
A trabalhar, a trabalhar
Tentei fugir, mas conseguiram me apanhar
Sem ter pra onde ir
Conseguiram me pegar
Eu apanhei como animal,
Como animal eu apanhei

Chibatas levei,
Chibatas no negro fujão
Chibatas levei

Eu sou o homem negro
Que cansado de apanhar
Fugi para o Quilombo dos Palmares
E fui lutar, como um guerreiro
Meu sangue na terra derramei
Milhares de inimigos em batalha derrubei
Lutei como animal,
Como animal eu lutei
O senhorzin cansado de perder,
Resolveu então me libertar
Me pagar pra trabalhar,
Pra trabalhar pra receber

Eu sou o homem negro
Que sem ter onde ficar
Na favela me instalei
Pra favela me mudei
Na favela fui morar
Fiz de tudo para trabalhar
O que eu ganhava mal dava pra pagar


Inocentes - Estilhacos - 1992

01 - Em Chamas
02 - O Homem Negro
03 - Sangue Ruim
04 - O Estranho
05 - Faminto
06 - Deixa Pra Lá
07 - A Noite Dorme Lá Fora
08 - Estilhaços
09 - Anjos
10 - A Face de Deus

Para baixar clique aqui: Poeta de Gaveta

terça-feira, 13 de maio de 2008

13 de Maio - Abolição da Escravidão no Brasil


Em 1888, 120 anos atrás, o Brasil encerrava a escravidão oficial vigente por mais de três séculos.
O Brasil, desde a invasão portuguesa, teve mais tempo com escravidão do que sem.
Depois da escravidão onde ficaram os negros? O que faziam?
Não era pra ser um país violento? Não é um país racista?

Poeta de Gaveta (Wellington)

domingo, 30 de março de 2008

FIZ-ME POETA


Fiz-me poeta
por exigência da vida, das emoções, dos ideais, da raça.

Fiz-me poeta
sabendo que nem só "se finge a dor que deveras sente"
e crendo que através da poesia posso exprimir
a arte do cotidiano, vivida em cada poema marginal.


Lia Vieira