Boas Festas

Praia no Guarujá

Rodovia Imigrantes hoje

Nós estamos procurando alguma coisa?
Nós estamos fugindo de alguma coisa?

Tom Zé - 1970

É um fazedor de maluquices trabalhando no cognitivo de forma imagética?
Sei lá, sei que é sincero, isso que importa!

Tom Zé - 1970

01 Lá Vem A Onda
02 Guindaste a Rigor
03 Distância
04 Dulcinéia Popular Brasileira
05 Qualquer Bobagem
06 O Riso E A Faca
07 Jimmy, Renda-Se
08 Me Dá, Me De, Me Diz
09 - Passageiro
10 Escolinha De Robô
11 Jeitinho Dela
12 A Gravata

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Tom Zé - 1968

Tom Zé - 1968

01 São São Paulo
02 Nâo Buzine Que Eu Estou Paquerando
03 Namorinho de Portão
04 Catecismo, Creme Dental e Eu
05 Curso Intensivo de Boas Maneiras
06 Glória
07 Camelô
08 Profissão Ladrão
09 Sem Entrada e Sem Mais Nada
10 Parque Industrial
11 Quero Sambar Meu Bem
12 Sabor De Burrice

Bônus:
São Benedito
Maria do Colégio da Bahia
São, São Paulo (Rozenblit, 1968)
Você Gosta
Feitiço

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Natal

Natal é normal,
todo ano tem um.
Zona de reconhecimento do fim onde chovem produtos.
Imagens religiosas brotam dos preços criando novas raízes barulhentas.

Papai Noel voando rumo ao sol amarelo da televisão.
O mercado tem fome.
A caridade tem fome.
A criança tem fome.

Jesus Cristo já nasceu crucificado,
como todos nós,
marionetes na mão do artesão.

KDD - Résurrection

KDD é a sigla de Kartel Double Détente. Grupo da cidade de Toulouse, não existe mais, alguns seguiram carreira solo. Só pedrada crítica e com som legal!

KDD - Résurrection - 1998

Primeira Parte
01 - Intro
02 - Résurrection
03 - Nouveau Combat
04 - Galaxy de Glâce
05 - Une Princess Est Morte
06 - Zone Rouge
07 - L'Organisation
08 - La Rhala
09 - Aspect Suspect
10 - Quatre Bises

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Segunda Parte
11 - Masque de Fer
12 - Une Femme Tue Un Soldat
13 - Double Detente Symphonie
14 - Un Homme Faible
15 - Orange Méchanique
16 - Ma Cause

Bonus:
Cambriollage
Trafic de Rhymes

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KDD - Une Princesse est Morte

Olha o KDD mostrando a cara das verdadeiras princesas. Som de responsa!

Causa e consequência

Intertexto

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht

Soundgarden - Down on the upside

A banda já acabou, mas nós estamos aqui.

Soundgarden- Down on the upside - 1996

01 - Pretty Noose
02 - Rhinosaur
03 - Zero Chance
04 - Dusty
05 - Ty Cobb06
06 - Blow Up The Outside World
07 - Burden in My Hands
08 - Never Named
09 - Applebite
10 Never The Machine Forever
11 - Tighter & Tighter
12 - No Attention
13 - Switch Opens
14 - Overfloater
15 - An Unkind
16 - Boot Camp

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Soundgarden - Ao vivo na MTV em 1996

Esse mundo exterior é fogo mesmo!
Versões ao vivo de algumas músicas da grande banda.
Tem até o homem da colher!

Soundgarden - MTV - 1996

01 - Burden in my Hand
02 - Spoonman
03 - Blow up the Outside World
04 - Mailman
05 - Black Hole Sun

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IAM Petit Frère

Fica repetindo em inglês:"Uma vida tão curta não deveria ser tão difícil". Na minha opinião, um dos melhores videos do rap francês.

Gaveta de Poeta

O estado do indivíduo,
o indivíduo do Estado.

O poder do povo,
o povo do poder.

O universo do discurso,
o discurso do universo.

Todos com medo,
medo com todos.

Poema sem vergonha,
vergonha sem poesia.

Dudu Nobre - Os Mais Belos Sambas Enredo de Todos os Tempos

A capa do cd é meio ridícula! mas acho que é uma boa idéia do cara.
Na minha opinião, o Carnaval é uma festa popular corrompida pela cultura do "aparecer na mídia é o que importa!".
Por outro lado, se existem músicas que pensam o Brasil historicamente, são os sambas-enredo das Escolas de Samba. Temáticas raciais e existenciais não faltam.
Para trabalhar o dia da consciência negra na escola, a faixa "Kizomba, festa da raça" foi muito importante.

Dudu Nobre - Os Mais Belos Sambas Enredo de Todos os Tempos - 2007

01 Batucada 1
02 É Hoje
03 Peguei um Ita no Norte
04 Aquarela Brasileira
05 Liberdade! Liberdade!
06 Sonhar não custa nada
07 Kizomba, festa da raça
08 Bumbum Paticumbum Prugurundum
09 O Amanhã
10 Lendas e Mistérios da Amazônia
11 Manininha do Gantois
12 Os Sertões
13 100 anos de liberdade - realidade ou ilusão
14 Batucada 2

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Super-Homem - O retorno

Tá aí a abertura do filme. O restante não acompanha esse começo poderoso. Planeta Krypton se acabando e a viagem da nave até o planeta Terra. Bonito!

Arnaldo Antunes

Num primeiro momento, as músicas de Arnaldo Antunes parecem “loucuras engraçadas que fazem certo sentido”. Realmente acho que é isso. Entretanto, não é só isso.
Existe um trabalho lingüístico importante, fato que torna as músicas muito úteis para um professor de língua portuguesa como eu. Do cd “Ninguém” usei muito a música “O nome disso”, que fica brincando com os nomes das coisas, nomes dos países, como se estivéssemos olhando para um grande mapa do mundo. Funcionou para trabalhar o conceito de substantivo.
Eu discordo em muitas opiniões e ações comerciais do Sr.Antunes. Por motivos óbvios não posso concordar com quem pensa que Michael Jackson escolheu sua própria cor ou com a música “Inclassificáveis”, na qual reforça que somos todos brasileiros e não existe nenhuma diferença racial.
As reflexões sobre a linguagem são espetaculares, talvez seja alienado nas outras coisas por isso, não sei. Gosto de Arnaldo Antunes sabendo das qualidades dos seus defeitos.

Arnaldo Antunes - Ninguém - 1995

01-Ninguem
02-Consciencia
03-O Nome Disso
04-Nem Tudo
05-Alegria
06-Budismo Moderno
07-Fora de Si
08-Minha Meu
09-O Seu Olhar
10-Lugar Comum
11-Judiaria
12-Tempo
13-Inspirado
14-No Fundo
15-Quero
16-Ninguem no Carnaval

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Irene no céu

Irene no céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

Manuel Bandeira

Irene no céu

Irene afrodescendente
Irene servindo seus patrões
Irene paisagem
Imagino Irene entrando no céu:
_E agora?
E São Pedro bonachão:
_Entra aí Irene, mas não pensa que vai mudar muita coisa não. A mudança é só de cenário.
Sua irmã Maria começa um discurso no topo da montanha:
_Uma escravidão segue a outra, ventre-livre, abolição, CLT, estágio... Agora sabemos onde vai terminar.
Irene:
_Onde termina? – gritou correndo em direção a irmã.
Maria:
_É o conflito pretinha, é o conflito.

Poeta de Gaveta

Rap francês

Shurik’n é um dos integrantes da grande banda de rap francês IAM. Negro, baixinho e com uma voz potente, o cara é representante dos filhos de imigrantes (de Madagascar) que foram buscar na França uma melhor sorte.
Nesse cd do cara, dá pra perceber uma sonoridade que mistura batida de rap e elementos orientais (muita coisa de arte marcial, pois ele é praticante).
As letras são bem críticas, destaco o refrão da música L.E.F (Liberté, Égalité e Fraternité - Liberdade, Igualdade e Fraternidade). Os valores da revolução francesa são lidos pelos que vivem nas margens da sociedade capitalista. Faz pensar sobre a igualdade que temos, ou melhor, que não temos.

"La liberté était là il y a pas longtemps,
L'égalité l'a prise par la main, elles sont parties avec le vent,
Tu peux toujours rêver mon enfant,
Et croire au Père-Noël, pour la fraternité, j'espère que t'as le temps"

Traduzindo bem “mais ou menos”:
"A liberdade não estava aqui há muito tempo,
A igualdade a pegou pela mão, elas partiram com o vento,
Você sempre pode sonhar minha criança,
E acreditar no Papai Noel, para a fraternidade, eu espero que você tenha tempo."

Shurik´n - Où je vis - 1998

01- Samourai
02 - Où je vis
03- L.E.F
04- Mon clan
05- J'attends
06- Fugitif
07- Les Miens
08- Rêves
09- Mémoire
10- Esprit anesthesié
11- Lettre
12- Oncle Shu
13 - Sûr de rien
14- Y'a pas le choix
15- Manifeste
16- J'leve mon verre

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